oi =}

"Não cobiço nem disputo os teus olhos, não estou sequer à espera que me deixes ver através dos teus olhos, nem sei tão pouco se quero ver o que vêem e do modo como vêem os teus olhos. Nada do que possas ver me levará a ver e a pensar contigo se eu não for capaz de aprender a ver pelos meus olhos e a pensar comigo.
"
(Iniciação - Ademar Santos)

11 de abril de 2009

Especial Páscoa - Parte 2

Oi! =D
Sabadão né?! o/

Bora lá.
Continuando... (Se você não veio aqui ontem eu aconselho a ler o post anterior)

"... Eles pareciam saber por que acreditavam no que eles acreditavam.
Eu gosto de estar próximo de pessoas como aquelas. Não me preocupo se elas não concordam comigo. Alguns de meus amigos mais íntimos se opõem a algumas coisas em que acredito, mas admiro um homem ou uma mulher com convicções. (Eu não conheço muitos, mas os admiro assim que me relaciono).

Eis o motivo de sentir-me, às vezes, mais em casa com alguns líderes radicais do que com muitos cristãos. Alguns dos cristãos com os quais me deparo são tão insípidos, que me pergunto se talvez cinqüenta por cento deles não estejam disfarçados de crentes.

Mas as pessoas daquele pequeno grupo pareciam saber para onde eles iam. Algo incomum entre estudantes universitários. Tais pessoas, que comecei a observar, não apenas falavam de amor. Elas mostravam-se envolvidas. Davam a impressão de pairar acima das circunstâncias da vida universitária, enquanto os outros pareciam estar soterrados sob um bloco de concreto.

Uma coisa importante que havia notado era que elas aparentavam uma felicidade, um estado de espírito não dependente das circunstâncias. Demonstravam possuir uma fonte interna, constante, de alegria. Elas eram tremendamente felizes. Possuíam algo que eu não tinha.

Como típico estudante, quando alguém tinha algo que eu não possuía, eu também ficava querendo. É a razão para as bicicletas nas faculdades precisarem de cadeados.


Se a educação fosse de fato a resposta, a universidade provavelmente seria a sociedade mais honesta que existe. Mas não é.


Assim, eu decidi criar amizade com essas pessoas intrigantes.
Duas semanas depois daquela decisão, vários de nós estavamos sentados ao redor de uma mesa no centro acadêmico, seis estudantes e dois professores. A conversa começou voltada para Deus.

Se você for uma pessoa insegura e uma discussão se concentra em Deus, você procura se esconder sob uma fachada.


Todo campus ou comunidade tem um “língua comprida”, um sujeito que diz: “Ah... Cristianismo, rá, rá. Isso é para os fracos. Não é racional”. (Normalmente, língua comprida e mente curta.)

Eles estavam me aborrecendo, por isso olhei finalmente para um dos estudantes, uma jovem muito bonita (eu pensava que todos os cristãos fossem feios), e, inclinando minha cadeira para trás, porque não queria que os outros pensassem que eu estava interessado, disse: “Me diga, o que mudou suas vidas? Por que suas vidas são tão diferentes das dos outros estudantes, dos líderes do campus, dos professores? Por quê?”.

Aquela moça devia ter muita convicção. Ela me olhou diretamente nos olhos, sem nenhum sorriso, e disse duas palavras que eu nunca pensei ouvir como parte de uma explicação em uma universidade.
Ela disse, “Jesus Cristo”.

Eu repliquei: “Oh, pelo amor de Deus, não me venha com esse lixo.
Eu estou farto da religião, da igreja, da Bíblia. Não me venha com essa história sobre religião”.

Mas ela respondeu no mesmo instante: “Senhor, eu não disse religião, eu disse Jesus Cristo”. Ela me mostrou algo que eu nunca havia percebido antes. O cristianismo não é uma religião. A religião é uma tentativa humana de construir seu caminho até Deus por meio de boas obras. O cristianismo é Deus vindo aos homens e mulheres por meio de Jesus Cristo, oferecendo-lhes um relacionamento pessoal, direto.


Provavelmente, há mais pessoas nas universidades com incompreensões sobre o cristianismo do que em qualquer outro lugar do mundo.

Recentemente, conheci um assistente pedagógico que comentou, em um seminário superior, que “qualquer um que entra para uma igreja se torna um cristão”.
Eu o contestei: “Entrar em uma garagem faz de você um carro?”. N
ão há nenhuma correlação.
Um cristão é alguém que põe sua fé em Cristo.


Meus novos amigos me desafiaram a examinar intelectualmente as afirmações de que Jesus Cristo é o Filho de Deus; que, Ele encarnou, Ele viveu entre homens e mulheres reais, e morreu na cruz pelos pecados da humanidade; que Ele foi enterrado, ressurgiu três dias depois e pode mudar a vida de uma pessoa no presente século.
(Olha a Páscoa aí gente! \o/)

Eu pensei que aquilo fosse uma farsa.
Na realidade, pensava que a maioria dos cristãos era formada por idiotas ambulantes.

Eu havia conhecido alguns e, por isso, costumava esperar que um cristão ministrasse uma aula, assim eu podia dar uma de direita, outra de esquerda, e socar à vontade o inseguro professor. Imaginava que se um cristão tivesse um neurônio, este morreria de solidão. Eu não conhecia algo melhor. Mas aquelas pessoas me desafiaram mais e mais.

Finalmente, deixando o orgulho de lado, aceitei o seu desafio. Eu fiz isso para os refutar. Mas não sabia que havia fatos. Eu não tinha consciência da existência de evidências que pudessem ser verificadas.
Conseqüentemente, minha mente chegou à conclusão de que Jesus Cristo deveria ser mesmo quem Ele declarou que era. Na realidade, o pano de fundo dos meus dois primeiros livros foi a minha tentativa de refutar o cristianismo. Quando eu não consegui, terminei me tornando um cristão.

Dediquei, então, quinze anos documentando a razão de minha crença em que a fé em Jesus Cristo é intelectualmente defensável. Entretanto, naquele momento, eu tive um sério problema. Minha mente me dizia que tudo isso era verdade, mas minha vontade estava me puxando em outra direção.

Descobri que se
transformar em cristão era, na verdade, quebrar o ego.

Jesus Cristo fez um desafio direto para que minha vontade confiasse nele.
Permita-me parafrasear Jesus:
“Veja! Eu estou à porta e constantemente estou batendo. Se alguém me ouvir chamando por ele e abrir a porta, eu entrarei” (com base em Apocalipse 3.20).

Eu não me importava se Ele havia caminhado sobre as águas, ou se transformara água em vinho. Não queria participar de nada daquilo, e não conseguia pensar num modo mais rápido para estragar uma boa vida.
Eis a situação: minha mente me dizendo que o cristianismo era verdadeiro, mas minha vontade estava em outro lugar.

Toda vez que eu me encontrava com aqueles entusiasmados cristãos, o conflito começava.
Se você já esteve com pessoas felizes quando se sente miserável, sabe o quanto elas podem lhe aborrecer. Meus colegas eram tão felizes e eu me sentia tão miserável que literalmente me levantava e saía correndo do centro acadêmico.

Cheguei ao ponto de deitar-me às dez da noite e não conseguir dormir até as quatro da manhã.
Eu sabia que precisa tirar isso da minha mente, senão acabaria tendo de arrancar a própria cabeça! Sempre tive a mente aberta, mas não tão aberta assim de meu intelecto cair fora.
Mas já que estava com a mente aberta, no dia 19 de dezembro de 1959, às 22:30, durante meu segundo ano na universidade, eu me tornei um cristão..."

Última parte amanhã!
;*

Um comentário:

Leu? Já fez o mais difícil! Agora comenta, vai! =)