oi =}

"Não cobiço nem disputo os teus olhos, não estou sequer à espera que me deixes ver através dos teus olhos, nem sei tão pouco se quero ver o que vêem e do modo como vêem os teus olhos. Nada do que possas ver me levará a ver e a pensar contigo se eu não for capaz de aprender a ver pelos meus olhos e a pensar comigo.
"
(Iniciação - Ademar Santos)

29 de dezembro de 2014

"Trabalhar demais é tão perigoso quanto fumar"


Sou uma pessoa de muitas teorias próprias. 
Ainda não parei pra escrever as bobagens que tem na minha mente. Como, por exemplo: "A forma que você conduz sua mochila/bolsa no ônibus diz muito sobre você".

Esse ano que vem quero escrever sobre elas, porque eu me divirto.

Sobre o texto linkado aqui tem mais uma teoria minha: "Fomos criados pra desempenhar funções e não para trabalhar". 

Na bíblia diz que Deus colocou o homem no Jardim do Éden para cuidar dele e cultivá-lo. Logo depois da queda que ele deu o trabalho: com sofrimento.

O que leva ao mal de todo homem: colocar excesso em tudo, e nesse caso, viver pra trabalhar. 
Aí muitas pessoas não conseguem simplesmente ter um tempinho de ócio. E a minha teoria é que se ficarem sem fazer nada vão começar a pensar sobre elas, e não sobre as coisas, e simplesmente não conseguem lidar com isso.

Nessa entrevista, Andrew, que é Smart, tem a mesma impressão que eu.

"as pessoas não querem ser ociosas porque têm medo de conhecer a si mesmas. (...)  Como a rede neural padrão se conecta ao subconsciente, temos fashes de pensamentos obscuros. Essas informações que aparecem só de vez em quando revelam quem somos de verdade".

19 de dezembro de 2014

Quando eu era criança

Eu tinha uma dessa :)


Quando eu era criança, brincava na penteadeira com as embalagens dos produtos. Eles eram como se fossem bonecas. As embalagens mais masculinas eram homens, mais curvadinhas, mulheres, e os batons eram crianças.


Quando eu era criança, apesar de ter barbies, a banheira da barbie, a mesinha da barbie, e de brincar bastante com elas, enjoava. Aí desenhava, cortava, fazia roupinhas e brincava com os meus desenhos.

Quando eu era criança usava muito a máquina de datilografar, achava demais o barulinho e as letrinhas saindo da sua casinha e batendo na folha. Como as teclinhas não eram tão leves, eu usava um dedo de cada mãozinha. Até hoje digito só com dois dedos. Aí quando não gostava de um capítulo de Chiquititas, pegava a máquina de datilografar e fazia um novo capítulo do jeito que eu queria.

Quando eu era criança e meu professor de religião disse que ao morrermos ficaríamos em um estado de sono até que o mundo acabasse e Jesus voltasse. Perguntei porque seria assim se Jesus disse que o ladrão estaria com Ele no paraíso "hoje mesmo".

Quando eu era criança e minha mãe me pedia pra chamar meu irmão na casa da D. Edite (Casa de vídeo games). Meu irmão pagava meia hora (50 centavos) pra mim, pra que que ele ficasse um tempinho a mais lá, e eu ficava lá jogando Mario e Final Fight.

Quando eu era criança escutava Padre Zezinho no toca discos. Muito legal esse negócio de uma agulhinha tocar em um outro negócio e sair som daquilo, nunca entendi. Também lia o cantor cristão com as partituras, nunca entendi as partituras também, mas era bonito.

Hoje, pensando nisso, queria que meus pais não tivessem dado o toca discos, nem tivessem jogado fora a máquina de escrever com meus textos, nem que todas as minhas barbies tivessem sido doadas, pra que eu nunca esquecesse dessas coisas e olhasse pra esses objetos com uma saudade boa.

Mas como não dá pra voltar atrás, vou deixar esse texto aqui, pra que pelo menos a lembrança do que eu lembrei não se perca.