oi =}

"Não cobiço nem disputo os teus olhos, não estou sequer à espera que me deixes ver através dos teus olhos, nem sei tão pouco se quero ver o que vêem e do modo como vêem os teus olhos. Nada do que possas ver me levará a ver e a pensar contigo se eu não for capaz de aprender a ver pelos meus olhos e a pensar comigo.
"
(Iniciação - Ademar Santos)

18 de novembro de 2010

‘Nós nos tornamos naquilo que amamos’

Oi. 
Este texto eu roubei do blog do Pr. Egon. Como depois de toda pregação dele lá na igreja eu fico pensando "Égua, muito firme!", aconteceu a mesma coisa com esse texto, e eu resolvi compartilhar.
É grandão mas é tão bom.

"Introdução:
Uma lei da matemática diz: a menor distância entre dois pontos é uma reta. Oscar Niemeyer concorda e acrescenta: ‘mas, a curva é mais bonita’.

O ser humano vive num processo de transformação. Uma pessoa pode afundar-se ou pode voar; subir o poço ou descer nele. Vivemos o processo de transformação que consiste em sair de um determinado ponto para outro. Ou, na verdade, de um padrão para outro. Alguns, ao adquirirem o conhecimento decidem seguir a lei matemática – seguir em linha reta. Outros infelizmente, não pela beleza arquitetônica de Niemeyer, enveredam pela curva. Reconhecem a verdade que precisam viver, porém flutuam oscilando de um lado para outro. Tal oscilação se dá pela atração que o padrão antigo impinge sobre o coração e a conduta do indivíduo. São indivíduos que vivem exatamente na descrição que Leon Tolstói fez: ‘a vida inteira de um homem é uma contradição contínua daquilo que ele sabe ser seu dever. Em todas as áreas da vida, ele age em oposição desafiadora às ordens de sua consciência e de seu bom senso’. Uma questão que Tozer levanta no seu estudo é fundamental – não é o fato de haver um processo e sim ‘no que uma pessoa está se tornando’.

O caso de Nina -  Ela foi criada num ambiente e família que tinha um pai devotado ao trabalho. Um homem esforçado para dar o melhor à sua família. Exigia de Nina dedicação exaustiva aos estudos. Sua frase preferida: estude para não depender de ninguém. Você tem de fazer por você. Sua mãe uma pessoa complexada, mas zelosa pela casa. Na verdade, era perfeccionista. Tudo tinha de estar no lugar devido. Tudo muito limpo. Não demonstrava muita alegria, pois os sinistros da limpeza e arrumação consumia sua vitalidade. Imponha suas obsessões a Nina. Dizia constantemente: faça o melhor. Arrume e mantenha suas coisas em ordem. O irmão mais velho era um esportista. Sua paixão pelo voleibol o levou à uma adoração ao corpo malhado, treinamento e disciplina. Sua influência a Nina foi: cuide de seu corpo; seja disciplinada. Nina cresceu alimentando-se dos seguintes sentimentos: sou a melhor; estou certa; não preciso de ninguém; as pessoas é que precisam de mim. A Nina pensa assim de si mesma: sou inteligente, esperta, forte, líder. O sentido de sua vida resume-se desta maneira: sou altamente produtiva, pois faço várias coisas; tenho poder para influenciar; posso controlar minha vida; meu corpo satisfaz os padrões estéticos; dou segurança para os que vivem ao meu redor…

O texto de Pv 27.19 – Derek Kidner resume a mensagem do verso assim: ‘se quiseres ver a ti mesmo, olha para dentro, e não no espelho’. As decisões, as emoções reproduzem como um espelho o coração do homem. O Professor Carlos O. Pinto comenta assim: “As emoções e decisões do indivíduo são o espelho de sua personalidade.”

O rosto é, muitas vezes, a descrição da mente e do coração. Indignação e revolta no coração podem ser vistos no rosto, como se encontravam em Caim. (Caim será nosso estudo de caso nesta mensagem.) O que também está no coração do homem é diferenciado por aquilo que sai dele por suas palavras, e também por suas ações; de fato, uma pessoa pode saber com boa medida o que há no seu coração, por aquilo que ela percebe nas suas atitudes e assim encontrar em seu próprio coração.
 Alguns interpretes vêem outra possibilidade que o texto indica: Podemos fazer uma leitura do caráter e do coração de uma outra pessoa pelo que vemos em suas atitudes e palavras.

Já ouvimos muitos citarem Pv 23.7 para confirmar o princípio ‘eu sou o que eu penso’ ou ‘o que quer que eu pense, nisto me torno’. Talvez alguns ao ler o título já fizeram tal associação. Eu mesmo pensei em usar o texto. Ele, porém, não se aplica. O texto de Pv 23.7 precisa ser  entendido no contexto dos versos 6 a 8. O bloco ensina o seguinte: cuidado com os favores da pessoa gananciosa, pois ela requererá prestação de contas. Quem imagina em sua alma é o homem ganancioso. Ele é assim: não faz nada por caridade. O texto nos diz que as ações de uma pessoa não condizem com seus pensamentos. O ganancioso é manipulador e enganador.
Os pensamentos são importantes e influenciam o comportamento. O texto de Rm 12.2 e 2ª Co 10.5 tratam da área de pensamento e não Pv 23.7.

No que você está se tornando?
A resposta é: o que eu amo molda meu caráter, meus pensamentos, minha conduta. Lembremos da linha traçada entre os dois pontos. O desenhista a visualiza e estabelece como sair de um ponto e ir até o outro.

Aplicando ao ser humano:
A pessoa é a linha. O coração é o desenhista. Deus está no controle de cada ponto ou traço que a pessoa dá. No que você está se tornando?

C.S. Lewis, no livro O grande abismo, fala de um grupo de fantasmas que saem do inferno num ônibus e dirigem-se até os portões do céu. O anjo diz que elas continuariam fantasmas enquanto confiassem numa ou noutras coisas para se tornarem sadias. Em contrapartida, fala das pessoas sólidas, as que vivem no céu. São as pessoas que despojaram seus ídolos. A metáfora é válida na perspectiva de ilustração da santificação em que buscamos ver Cristo formado em nós e nos despimos do velho homem.

Queremos traçar uma linha reta, porém bela à nossa conduta e à nossa consciência. Vamos do deslocamento de um lugar para outro. A linha (nossa vida) a ser traçada deve obedecer ao projeto elaborado por Deus.
Para ler o projeto precisamos de orientação.

Vamos examinar (2) duas orientações acerca do tema:
A 1ª orientação sobre nosso tema: Nós nos tornamos naquilo que amamos.
Identifique e destrua seus ídolos do coração. Ezequiel 14.1-5

Um ídolo do coração significa: A substituição do verdadeiro Deus por deuses de fabricação própria a fim de atender aos desejos e necessidades pessoais.
Usamos duas palavras: desejos e necessidades como palavras chaves ou formadores dos nossos ídolos.
Calvino falou sobre os desejos: “O mal não está tanto em nossos desejos, mas no fato de que os desejamos tanto.” As minhas necessidades precisam ser preenchidas, afinal sou um ser emocional ou psicológico, físico e espiritual. Então, construo deuses funcionais para encher meus recipientes vazios.
Os ídolos que criamos para nos servir; nos sastifazer acabam por nos escravizar.
Uma palavra referente a questão ‘necessidade’ e ‘desejo’.

Necessidade: é aquilo que preciso para suprir uma falta. Comida é uma necessidade para nos mantermos vivos.
Desejo: é aquilo que queremos a fim de satisfazer uma vontade. Comer uma barra de chocolate satisfará meu desejo. Talvez, motivado por uma propaganda; prazer.

Não tenho necessidade biológica de comer chocolate para me manter vivo.
Na área física ou biológica alguns constroem ídolos – comida; roupa, casa, sexo.
Os desejos se tornam em exigências. As exigências se expressam em forma de necessidades.

Exemplificando: nenhuma esposa diz: ‘Querido, eu desejo um vestido novo.’ O que ela diz sempre é: ‘Querido, eu necessito de um vestido novo!’ A necessidade estabelece uma expectativa. Nela há um relacionamento. Caso a resposta seja negativa, há desapontamento. O desapontamento gera um tratamento. Em geral: vai do tratamento de silêncio até atos de violência. O desejo é lícito. A necessidade pode ser plausível. A reação pecaminosa é fruto da idolatria do coração sob influência da estultícia.

O caso Nina: Ela foi para faculdade. Formou-se como a melhor da turma. Empregou-se numa empresa. Nina é crente. Freqüenta uma boa igreja evangélica. No seu serviço, depois de algum tempo começou a enfrentar divergências com seu chefe. Os conflitos chegaram a tal ponto que foi demitida pelo chefe. Nina não se deu por satisfeita. Conseguiu levar seu caso até a diretoria da empresa. Após várias avaliações, a diretoria concluiu que o chefe de Nina tinha falhas nas suas responsabilidades e que Nina tinha razão nas suas conclusões. Mas, a diretoria manteve a demissão de Nina. Isto gerou uma crise na vida de Nina. Foi ao pastor. Ele a escutou. Leu alguns textos bíblicos e emprestou-lhe um livro que trata da vida cristã e autoridades. O livro trouxe mais informação que promoveram seu egoísmo; seu orgulho. Conversou com alguns líderes dos jovens e não obteve recursos bíblicos para aplacar sua ira e altivez.

C.S. Lewis observa assim:
“A vida cristã é diferente: mais difícil e mais fácil. Cristo diz: ‘Dê-me tudo’. Eu quero tanto do seu tempo, tanto do seu dinheiro, tanto do seu trabalho. Quero você. Eu não vim para atormentar seu ego natural, mas para matá-lo. Meias medidas não trazem nenhum bem. Eu não quero podar um galho aqui, outro ali, mas quero derrubar a árvore inteira. Entregue todo o seu ego natural, todos os desejos que você julga inocentes bem como os que você julga iníquos – todo o seu ser. Eu lhe darei um novo eu. Na verdade, lhe darei meu próprio eu; a minha vontade se tornará a sua vontade.”

Os ídolos podem ser enquadrados em 4 categorias de pecado:

categoria Resultados – pecados
(1) Legalismo                                 Espírito crítico; intolerância; perfeccionismo; falta de alegria; ira
(2) Temor do homem                 Timidez; covardia; autoritarismo; medo de rejeição; controlado por pessoas
(3)  Cobiça                                       Inveja; lascívia; carnalidade; avareza; desejo por ter coisas
(4)  Arrogância                              Egoísmo; individualista; auto-suficiência; valorização do eu / meu

Podemos pensar na Nina e também em Caim – filho de Adão e Eva. Eles responderam negativamente quando confrontados por uma crise. As crises expõem o coração. Elas manifestam-se numa ou mais das 4 categorias.
Caim – (legalismo; cobiça) – inveja, ira, mágoa;
Nina – (arrogância; temor aos homens) – egoísmo; orgulho; perfeccionismo;

‘Quero que você pense na estultícia. A estultícia é a tentativa de viver foras do caminho de Deus; também é a tentativa de achar sabedoria longe da Palavra de Deus. Podemos comparar assim: tentar fazer um bolo na máquina de lavar. Desta maneira é o homem viver sabiamente longe de Deus. A estultícia está no coração do homem. Alguns exemplos de estultícia: um homem que tem sua esposa e filhos pode jogar tudo fora por trinta minutos de prazeres sexuais egoístas com uma outra mulher. O filho que deixa o trabalho de ciência para a última hora e vem ao pai às 10 horas da noite e diz: pai, tenho que entregar o trabalho de ciência amanhã. O pai sonolento, mas tentando ser amável faz algumas perguntas, até que: ah! Pai preciso de 5 pintinhos. Posso controlar minha vida e a vida das pessoas que dependem de mim.

A estultícia não é só um estado mental, mas também um estado do nosso ser’. (Paul Tripp)

A crise é uma boa oportunidade para refletirmos sobre nosso coração. É a mão de Deus que nos conduz a pergunta: O que eu quero realmente? Por quê? A crise revela a raiz dos frutos que apresentamos. Na verdade, o problema não está nas situações difíceis, desastrosas e duras e sim na reação que ele produz no coração. As atitudes do coração é o que importa. É nele que deve se iniciar as verdadeiras mudanças. Ou adoramos a Deus ou adoramos aos ídolos do coração. Nos os reguemos em nosso coração para nos proteger, nos ajudar, mas eles tomam o lugar de Deus. Buscamos lenha e sacrifícios para adorá-los. Assim, sob sua inspiração dedicamos e declaramos nosso amor. Nós nos tornamos naquilo que amamos.

Se o olhar – o foco é em mim mesmo a resposta será: auto-comiseração; mágoas; ira; orgulho. Assim agiu Caim. Ele focou seu desejo como necessidade. Caim se tornou naquilo que amava. Amou a arrogância, a inveja, a ira e tornou-se incrédulo, desobediente ao Deus criador e um assassino.
Lembre-se: muitos ídolos não são necessariamente algo mau ou ruim. Veja acerca dos ecemplos acima citados: o amor e o desejo da esposa; o respeito do chefe; conforto para mim e minha família; limpeza e ordem nas coisas. O problema não está em desejar tais coisas.

Se o olhar – o foco é Cristo, então somos levados à cruz e à Graça libertadora e perdoadora.
Nina, pela ajuda de uma irmã que estudava aconselhamento bíblico, foi confrontada pela Palavra com seus ídolos do coração. Após alguns encontros, Nina descobriu a libertação ao reconhecer seus pecados, confessá-los. Entendeu que ela os transformou em ídolos. Os ídolos do coração a escravizaram e lhe roubavam a alegria e a paz que Cristo lhe deu na cruz.

2ª orientação sobre o tema: Nós nos tornamos naquilo que amamos.

Instrua o seu amor. Romanos 8.29; 2ª Coríntios 3.18;
O propósito de Deus para seus filhos é conformá-los ao caráter de Cristo. O processo é descrito por Paulo em 2ª Co 3.18. A transformação é do ponto do domínio dos ídolos do coração para libertação e submissão ao controle de Cristo. É uma mudança do alvo, do objeto do nosso amor.

Vamos ao texto de 2ª Co 3.18:
A doutrina que percebemos é a da nossa união com Cristo. Em conjunto com Rm 8.29 e 2ª Pe 1.3 compreendemos que os atributos da natureza divina se fazem presentes na nossa vida. A união entre Cristo e o crente não gera este num deus.

Assim, como no texto base de nossa pregação em Pv 27.19, há uma contemplação no espelho. Paulo diz, que no espelho espiritual contemplamos a glória do Senhor. No espelho espiritual não vemos a nós mesmo. A razão é óbvia: somos pecadores em nossa natureza, débeis e fracos em nossas emoções e pensamentos. Vemos a Cristo – a glória de Deus. A glória do Senhor – tal como o sol que irradia seu calor ao rosto humano e nele impacta, visto que a pele humana absorve o calor e reflete a ação do sol. A glória de Deus quando contemplada pele crente atinge-o. Diferentemente de Moisés, a glória de Deus no crente não desvanece. Ela impacta e confere um grau ou estágio de glória. Assim entendemos, pois Paulo diz que a transformação se dá de glória em glória. É a penetração da glória de Deus na natureza humana. Ela dissipa as trevas e traz a luz de Cristo. O objetivo da transformação de glória em glória é a formação da imagem de Cristo no crente.

Nosso desafia de mudança é: amar a Cristo para ser transformado dia-a-dia na semelhança do Seu caráter. Se eu amo a Cristo vou me tornando naquilo que amo ou seja: Cristo vive em mim.

O que isto significa?
Nós podemos, por sermos habitados pelo E. Santo, de Cristo viver em nós, de desenvolver e viver os atributos comunicáveis de Deus. O alvo de Deus para o crente é: ser transformado segundo o caráter de Cristo.

Conclusão:
Vivemos numa cultura voltada para o eu. O homem é o centro. Precisa ser paparicado. A fascinação pelo culto ao ‘eu’ não está só nas academias de ginásticas. Encontramos em todos os lugares. E a igreja se deixou levar pela onda. Como diz David Wells – uma religião centrada no ‘eu’.

Observe a declaração de Cornélius Platinga: “a teologia se transforma em terapia; o interesse bíblico pela justiça é substituído pela busca da felicidade; a verdade substituída pelo sentir-se bem; a comunidade da fé se reduz ao círculo de amigos íntimos. Tudo se retrai até restar só ‘eu’.”

Após identificar os ídolos do coração, temos que substituí-los pelas virtudes de Cristo.

A mágoa substituída pela misericórdia;
A ira substituída pela paciência;
O orgulho substituído pela humildade;
O rancor, o ressentimento, o ódio substituído pelo amor, pela mansidão;
A vingança substituída pelo perdão.
A inveja substituída pela alegria e ações de graça…"

6 de novembro de 2010

Vida de estudante... quase fim.

E cada dia fica mais perto.
Tá chegando a hora em que pararei e falarei: pronto. é isso. o básico da vida. 
Todo mundo manda estudar e é o que a gente faz.

O tempo de estudante demora mais que muitas vidas, que muitos relacionamentos... você vê inícios e fins, nascimentos e mortes, novidades e obsolescência,  passa vergonha, briga, cresce, se apaixona mil vezes e tudo passa, mas você continua estudando.

Seria muito melhor se todas as coisas da nossa vida tivessem a importância que damos para os estudos.
Quando acordamos de repente sem querer estudar não falamos: Não quero mais, vou desistir, nunca mais vou estudar, apenas faltamos e voltamos depois, algum dia, nem sempre pq queremos, mas pelo compromisso com algo. Quando tiramos uma nota ruim, temos possiblidade de recuperar e pronto, passamos, aquilo nem estressa mais. Vamos passando de série, teoricamente aprendendo as coisas e praticando uma vez ou outra, ou sempre, sem mesmo perceber.

Não reclamo dessa época, sentirei saudades. 
O que farei depois? Trabalharei... Farei algumas coisas e ganharei por isso, bem ou mal...
E a emoção quando falam "não vai ter aula!" quando vou sentir?
"Trabalho pra semana que vem!" e reclamar "Aaaah, não dá tempo..."
Quando vou pode voar em uma aula e ficar rindo de coisas bestas?
E pagar meia entrada?

Pois é.. é durante o processo de vida de estudante que as coisas acontecem e que a gente vive. 
Ao entrar na universidade falei que a melhor época era a escola.
Agora que estou prestes a sair, já acho que é a universidade.

Concluo que a melhor época é aquela a qual você acaba de passar e que ainda não conhece.
ninguém sabe que algo é tão bom enquanto não vive aquilo.

Mas eu odeio mudanças. 
E tudo muda o tempo todo..